MULHERES E HOMENS PODEM MUDAR OS RUMOS DA HUMANIDADE COM SEU MODO DE SER E ESTAR AÍ ...
EIS O QUE NOS ENSINAM E COMO NOS ENSINAM MULHERES QUE SE DESTACAM PELO SEU MODO DE SER, VIVER E EXISTIR!!!
ORDÁLIA AMÉLIA SILVA
102 ANOS E MEIO DE VIDA EM BUSCA DA PLENITUDE DO SER
SER E ESTAR AÍ: NA FAMÍLIA
SER LÁ: NA COMUNIDADE ONDE VIVEU
SER AQUI: PARA TODOS(AS) NÓS QUE, DE REPENTE, A DESCOBRIMOS!
ORDÁLIA AMÉLIA DA SILVA
Segundo o depoimento de sua filha, Marlene Maria Silva, “Ordália
Amélia da Silva, filha de João Batista Lemos e de Gabriela de Carvalho, nasceu
em 3 de junho de 1913, no bairro
Jaguari, então pertencente a Santa Rita de Caldas (MG), hoje, município de
Ibitiúra de Minas (MG).
Faleceu em 23 de janeiro de 2016, segundo consta o trecho do
e-mail encaminhado por Marlene aos amigos e amigas: “partilho com você, (...) a dor com o falecimento de mamãe. ‘Dormiu,
não morreu’ no sábado, às 19h, depois de uma semana com uma infecção pulmonar.
Foi um momento de serenidade, sem dor, sem contração, aqui em casa, somente
comigo, pois minhas irmãs tinham acabado de sair. Quando percebi, abracei-a,
disse-lhe que fosse em paz para Deus e rezei agradecendo uma vida tão
plenamente vivida”.
Casou-se aos 16 anos
com Raul Moreira da Silva, dez anos mais velho do que ela; e chegaram a
celebrar o jubileu de ouro de matrimônio.
Hoje, quando lhe perguntam o segredo
de uma vida longa e de qualidade, não hesita em responder: ‘marido bom’ e
sempre acrescenta: ‘era um doce’, ‘nunca brigamos’, ‘vivíamos um para o outro’.
Ambos, no início do casamento, sustentavam
a família com a costura. Meu pai, alfaiate, costurava de dia e, mamãe, à noite,
pois tinham uma única máquina de costura e um único ferro de brasa. Mais tarde,
meu pai trabalhou como fiscal municipal e fazia inúmeros outros serviços para
complementar a renda familiar.
Somente com estudos de
base, mamãe sempre gozou de uma inteligência privilegiada, tendo um senso
crítico muito refinado (em alguns casos beirando à ironia) quer em relação à
política, quer em se tratando da organização da sociedade, religião, Igreja,
etc
Quando percebeu que
costurar se tornava difícil e poderia prejudicar a vista, ouvindo falar dos
benefícios da jardinagem, começou a cultivar flores e para ela ‘uma casa sem
flor, é uma casa sem amor’ e deixou-nos um bonito jardim. Quando já não podia
se ocupar das flores, resolveu ler... ler... ler. Até se esquecia de algo, mas
quando lia, entendia.
Interessante é que Helena ou Ordália falam muito dela
mesma.
Helena: a reluzente, a resplandecente.
Resumo do nome Helena: otimista, carismático e cheio de vitalidade, a pessoa de
personalidade; aparentava ter gênio forte, mas na verdade era muito
compreensiva, carismática e generosa. Elogiava tudo que era bem feito, mas não
escondia o que sentia quanto à incompetência ou preguiça. Quando apaixonada se
tornava dócil e passava a ser uma grande amante.
Ordália: ‘veredicto de Deus’.”
Daremos continuidade
às pesquisas e estudos sobre esta nobre mulher que, ao partir, nos deixa o
legado da sensibilidade humana, da ética, do ensinar construindo juntos. Enfim,
do saber olhar, pensar, sentir, julgar e agir com justiça. Este aprendizado é
urgente e necessário no mundo, em todas as camadas sociais.
Seja feliz
eternamente, D. Ordália, que procuraremos seguir os seus passos, ainda que em
meio aos desafios de cada personalidade, ambiente e época.